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A Prepotência
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A Prepotência

Como seres éticos que devemos ser, precisamos ter respeito com todas as pessoas. Algumas não se fazem merecedoras de tão especial referência. Essas pessoas não merecedoras de nosso comportamento moral trazem em seus gestos e atitudes, ranços de prepotência e resquícios de arrogâncias. É sobre isso que trata esse artigo.

A vida passa e não percebemos o quanto ela é fugaz.

Inevitavelmente as pessoas produzem e reproduzem conhecimentos. E, sob aspectos distintos, é notável o valor evocado quanto as proposições que fazem valer o potencial máximo adquirido com a experiência.

É certo que o valor humano não existe para ser inflacionado ou deflacionado. Mas merece o devido respeito. Sobre isso, digo que comumente tratamos os fatos da vida com muita responsabilidade. E, sem que haja a necessidade de enfrentamento, causas e efeitos primários se elucidam fazendo reverberar a factível prepotência.

Segundo os escritos bíblicos, a soberba precede a queda.

Outrora, culparíamos o sistema, a ordem, o governo, e até mesmo o patrão; mas, hoje, nem tudo é explicável a partir do outro. (SANTOS, Boaventura de Souza, 2003), já dizia que: Temos o direito de sermos iguais quando a nossa diferença nos inferioriza, e temos o direito de sermos diferentes, quando a nossa igualdade nos descaracteriza.

Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades.

É de fundamental importância lembrarmo-nos que, na vida, lutas e provações são inevitáveis. E que é a nossa maneira de encarar as coisas que fará a diferença entre um processo aceitável e um percurso truncado e difuso.

Como seres humanos, somos flexíveis e tendemos a repetir comportamentos. Transformando-nos em cidadãos evoluídos, cultos e inteligíveis; ou não.

E ter um sentimento de autoafirmação, em se tratando da elevação do ego a ponto de termos uma falsa ideia de superioridade em relação às demais pessoas. É muito perigoso.

A cerca de 120 anos atrás, os coches, começaram a ser lentamente substituídos pelos automóveis. Por conta disso, a procura pelo cocheiro também foi diminuindo com o tempo.
Alguns cocheiros tornaram-se condutores de veículos motorizados e outros mudaram de profissão e, pensando bem, a prepotência teve seu ‘valor’ na distinção entre os que evoluíram e os que não acompanharam a tendência tecnológica.
Pode-se dizer que, na maioria dos casos, ela tem sido responsável pelo direcionamento interposto nas grandes, médias e pequenas tomadas de decisões.

Em paralelo aos argumentos, a prepotência é capaz de alterar a ordem dos fatos.

Quem a utiliza estabelece uma relação de poder opressora, tendendo ao excesso, normalmente, por ocupar uma posição vantajosa. Logo, coaduno com a ideia do alemão (NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm, 1844), quando diz que: “É muito difícil os homens entenderem sua ignorância no que diz respeito a eles mesmos”.
Não é porque você gosta de maçã, que ao pescar, você vai colocar na ponta do anzol uma maçã para os peixes comerem, sob a hipótese de que: se você gosta, eles também gostarão.

Devemos saber ponderar as coisas e mensurar se é correta essa atitude.
Não seja prepotente! Apenas procure ser uma pessoa lógica e coerente.

O comportamento de quem não aplaude o prepotente é evitá-lo.

Lembre-se que: se a consciência nos torna humanos, a prepotência (enquanto imperfeição) é um traço distintivo de nossa espécie.


Neemias dos Santos Almeida é Professor e Pedagogo. Colunista, Articulista, Membro da ONG Atuação Voluntária, Escritor, Voluntário junto ao órgão internacional PNUD/Brasil, e ávido leitor que vive a internet e suas excentricidades desde 2001.

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