Entrevista de desligamento
Natureza de uma entrevista de desligamento:
Uma entrevista de desligamento não procura defeitos, problemas e/ou culpados.
Procura oportunidades de melhoria para ambos os lados – empresa e funcionário.
Objetivos de uma entrevista de desligamento: Em qualquer das duas situações
abaixo, uma entrevista tem dois objetivos básicos:
Quando o funcionário é demitido:
a) Identificar, tanto quanto possível, de maneira natural, as causas que
motivaram a demissão: competências insatisfatórias (quais?), razões pessoais
(quais?), razões estruturais (quais?).
b) Obter contribuições para ações que o ex-funcionário considera úteis e
necessárias para a empresa/área e que não teve oportunidade anterior de
manifestar.
Quando o funcionário é demissionário:
a) Identificar, tanto quanto possível, de maneira natural, as causas que
motivaram o pedido de demissão: ambiente de trabalho insatisfatório (em quê?),
salário insatisfatório, falta de perspectivas profissionais e de
desenvolvimento. Outras.
b) Obter contribuições para ações que o ex-funcionário considera úteis e
necessárias para a empresa/área e que não teve oportunidade anterior de
manifestar.
Condução de uma entrevista de desligamento:
a) Por ser opcional para o funcionário, a entrevista deve ser conduzida com
discrição e tato, sem pressões ou insistências por parte do entrevistador.
b) O entrevistador jamais deve assumir uma postura defensiva em relação à
empresa ou aos gestores do ex-funcionário. Seu papel consiste fundamentalmente
em ouvir e fazer perguntas inteligentes. Deve falar o mínimo possível.
c) O entrevistador não pode esquecer que, na maioria das vezes, o ex-funcionário
está sob forte impacto emocional diante da demissão. Por isso, suas respostas,
reações e provocações não devem ser consideradas literalmente. Será mais
importante entender o que for dito nas “entrelinhas”
d) Muitas vezes o ex-funcionário “fala” com o corpo ou pelas
“entrelinhas”. Na maior parte das vezes, esses “depoimentos” são mais
úteis, espontâneos e, portanto, mais importantes que os efetivamente falados
ou escritos.
e) Se o entrevistador perceber uma contradição entre a manifestação verbal e
a não verbal, deve apontá-la, com sutileza, e solicitar um esclarecimento.
f) O entrevistador não deve permitir que a entrevista descambe para a
“fofoca”. Informações e contribuição são muito bem-vindas. Fofocas, não.
g) Uma única entrevista não é consistente para o RH tirar conclusões a
respeito da empresa ou de um determinado gestor. É fundamental aguardar uma
amostragem representativa – a respeito da empresa ou de determinado gestor –
antes do RH propor ou levantar questões corretivas/preventivas.
Possíveis sentimentos demonstrados pelo ex-funcionário
Quando o funcionário é demitido:
- FALSA ALEGRIA – “Eu já estava louco
pra sair mesmo…Já tenho um monte de coisas em vista”. Neste caso, o
ex-funcionário responderá a tudo muito rapidamente e sem refletir.
- RESSENTIMENTO – “Não entendo como
fizeram isso comigo. Tanto que me sacrifiquei pela empresa…” O
ex-funcionário se sentirá injustiçado e poderá fazer acusações contra
colegas e possivelmente contra o chefe também.
- IRRITAÇÃO – “Esse negócio aqui vai
demorar muito?”. O ex-funcionário responderá rápido, sem refletir,
e poderá fazer acusações de modo inconsistente ou irônico.
- TRISTEZA – “Essa empresa era minha
vida. Não sei o que vou fazer agora.” O ex-funcionário falará dos
“sacrifícios” que fez pela empresa e dos seus problemas pessoais.
Manterá a esperança de um dia voltar.Quando o funcionário é demissionário:
Geralmente, este é o ex-funcionário que se mantém mais tranqüilo durante
uma entrevista de desligamento, uma vez que, tendo sido iniciativa própria,
não estará com a auto-estima ferida. Por isso, poderá dar contribuições
úteis – mas não fica afastada a hipótese dele guardar sentimentos de
frustração e revanchismo contra ex-colegas.Anotações do entrevistador:
Logo no início da entrevista de desligamento o entrevistador deverá avisar
ao ex-funcionário que fará algumas anotações para a elaboração
posterior de um relatório. Se isso incomodar ou inibir o entrevistado, o
entrevistador não deverá fazê-lo, mas deve tentar memorizar as respostas
relevantes. Se for permitido anotar, as anotações devem ser feitas de modo
rápido e abreviado. Não é necessário fazer uma transcrição integral
das respostas. Trata-se de um simples rascunho. Se houver muita preocupação
com a escrita, haverá o risco do entrevistador perder gestos, movimentos e
palavras do ex-funcionário.Local:
A sala reservada para as entrevistas de desligamento, tanto quanto possível,
deve se localizar próxima à entrada ou saída da empresa, evitando assim
que o ex-funcionário circule pelas suas dependências, o que costuma gerar
desconforto geral. De preferência deve ser uma sala fechada (sem divisórias
transparentes).Conclusão da entrevista:
O entrevistador deve encerrar a entrevista de desligamento de uma forma
discretamente otimista, o suficiente para manter elevada a auto-estima do
ex-funcionário. Se a empresa dispuser de recursos e de um programa específico,
e se houver clima para isso, o entrevistador poderá colocar-se disponível
para fornecer modelos de currículos ou até ajudar a elaborar o mesmo (nos
casos, por exemplo, em que o ex-funcionário não disponha nem tenha acesso
a microcomputadores). Se possível, logo após o encerramento da entrevista,
o entrevistador deverá redigir seu relatório, procurando dar as informações
que atendam aos objetivos principais da entrevista e evitando colocar ali
suposições pessoais.Atendimento ao ex-funcionário
a) O entrevistador deve estar consciente de que o fato do ex-colega ter sido
demitido ou estar demissionário não o torna inferior ou que não haja
necessidade de dar-lhe respeito e atenção. Deve manter o mesmo padrão de
bom relacionamento que tinha com ele antes da demissão.
b) O entrevistador deve estar consciente de que o momento de uma entrevista
de desligamento não é propício para piadinhas e gargalhadas.
c) O entrevistador deve estar atento para não alimentar nem manifestar
sentimentos negativos em relação ao ex-funcionário, mesmo que já os
tivesse antes da demissão.
d) O sentimento mais adequado ao entrevistador é o da empatia, ou seja,
perguntar-se a todo instante: “como eu gostaria de ser tratado se
estivesse no lugar dele?” ou “Como eu me sentiria se estivesse
sendo tratado assim?”
Autor: Floriano Serra
VENHO AGRADECER OS MOMENTOS EM QUE EU VIVI E POR TER PRESTADO SERVIÇO NUMA ÓTIMA EMPRESA E PELA A OPORTUNIDADE QUE ME DERAM, MAS TEM ALGUNS PONTOS A DESEJAR EM POSTOS DE TRABALHOS
Não tenho nada contra a impresa e nem contra meus amigos de trabalho pra min foi uma empresa muito boa e se eu ter uma oportunidade de volta eu volto com certeza muito obrigado
O processo de desligamento é muito delicado.Em ambas as situações há um aprendizado para a organização.Por isso,é muito importante tomar alguns cuidados no processo para manter a integridade do funcionário;a imagem da empresa e as relações entre os colaboradores que ficam.
nunca havia participado de uma entrevista de desligamento,agora pude ter uma noçao de como funciona.
foi bom me deixou mas bem motivado
levo com migo um bom legado de ter, trabalhado nesta empresa, já mim sinto realizado