A discussão sobre certos temas ainda é considerada um tabu em muitas esferas da sociedade. No entanto, a liderança feminina não deveria ser um desses temas. Infelizmente, ainda há uma queda na representação feminina em cargos de liderança, especialmente em tempos de pandemia.
Quem nunca aprendeu que há certos assuntos que não devem ser discutidos? Quantas vezes parentes e amigos já não cutucaram você debaixo da mesa quando você quis trazer para a roda aquela conversa “tabu”?
A grande maioria das pessoas sabe quais assuntos estou me referindo. Não preciso nem os listar aqui. Mas preciso dizer uma coisa importante: sim, há certos assuntos que é melhor não abordar, e a liderança feminina, definitivamente NÃO é um deles.
Então porque ainda temos tantos narizes sendo franzidos, mexidas desconfortáveis nas cadeiras, olhares desviados e suspiros soltos quando este tópico é trazido para a pauta?
Se você se identificou como essa pessoa que se sente desconcertada diante deste tema, convido você a ler até o final. Prometo não julgar.
Primeiramente, sabe por que essas cenas de desconforto acontecem? Porque ainda estamos discutindo os sexos dos anjos e isso não vai nos levar a lugar nenhum.
Por isso convido você a olhar para a liderança feminina de uma forma diferente. De maneira que nem você nem a sua empresa sintam-se para trás e obsoletos. Vamos falar de alguns dados importantes:
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a liderança feminina caiu em 2019. As mulheres ocuparam 37,1% dos cargos de liderança em tal ano, contra 39,1% no estudo anterior, o que representa uma queda de 2% na representação feminina nessas posições. No cenário pós pandemia, os desafios são ainda maiores.
Criar oportunidades, gerar um ambiente favorável e proativo para captação de lideranças femininas não é uma questão de “fazer o certo” ou ser uma boa pessoa. Diz respeito a entender as demandas do mercado, ser inovador diante da nova realidade e gerar resultados para o seu negócio.
A fórmula é simples: se faz bem para as pessoas e para o negócio, os resultados são positivos. Pessoas felizes, mais dinheiro no caixa, mais prosperidade, mais sucesso e por aí vai.
Empresas que hoje estão antenadas e engajadas nessa pauta já entenderam a importância e o valor de investir em times diversos. Uma gestão composta por pessoas diversas com lideranças femininas significativas se torna mais complementar, com perspectivas e habilidades diferentes que contribuem para um time mais colaborativo e inclusivo, melhorando os resultados.
Outro ponto importante está relacionado ao posicionamento e fortalecimento da marca diante do mercado e seu público.
Uma pesquisa feita pelo Journal of Consumer Research, mostrou que organizações diversas geram impactos positivos em seus consumidores, gerando conexão com a marca, transmitindo ética e transparência, fortalecendo o brand awareness (reconhecimento da marca) e, consequentemente, fidelizando o cliente.
É necessário deixar claro que essa transformação de mentalidade nas estruturas corporativas, sociais e econômicas não acontece em um piscar de olhos. É uma mudança diária, feita no coletivo, através de iniciativas que envolvem todas as esferas de uma sociedade – da pública à privada, de dentro para fora das empresas e vice-versa.
Entendendo esse cenário e vendo a necessidade de ações efetivas e tangíveis é que a Mubius WomenTech Ventures – a 1ª WomenTech do Brasil, se lançou no mercado no dia 08 de março de 2022.
Somos uma das inúmeras iniciativas necessárias para gerar impacto e mudança nesta pauta. Entramos no mercado com o objetivo de apoiar e alavancar startups lideradas por mulheres e que têm em seu DNA o feminino como valor, ou seja, ideias e soluções positivas e benéficas para o mundo, relacionadas ao feminino.
E então? Você concorda que a liderança feminina não é uma tendência e sim uma nova forma de entender e fazer negócios? Convido você a vir conosco e fazer essa transformação.
*Carolina Gilberti, é CEO da Mubius WomenTech Ventures, a primeira WomenTech do Brasil.