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Linguagem inclusiva: a cultura da sua empresa só tem a ganhar

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Linguagem inclusiva: a cultura da sua empresa só tem a ganhar

Dentro da cultura corporativa, a linguagem inclusiva é uma ferramenta imprescindível na manutenção e na…

Dentro da cultura corporativa, a linguagem inclusiva é uma ferramenta imprescindível na manutenção e na construção de um ambiente, não apenas positivo e acolhedor, mas que engaje a equipe, tornando-a mais produtiva e inovadora.

Ela facilita a comunicação eficaz, alinha-se com os valores e missão da organização, promove a coesão e o pertencimento, influenciando, até mesmo, as percepções externas.

E, nessa equação, o uso da linguagem inclusiva é um fator que influencia diretamente no resultado.

Os dados comprovam: equipes diversas têm maior capacidade de inovação e desempenho. Um estudo do Boston Consulting Group descobriu que as empresas que se mostraram mais abertas com diversidade de gênero em suas equipes relataram uma receita média de inovação 19 pontos percentuais maior do que as companhias com baixas iniciativas relacionadas ao tema.

Entretanto, não basta ter uma equipe diversa se não existe diálogo com todos os membros.

Desta forma, se comunicar de forma a promover igualdade, respeito e inclusão de todas as pessoas, independentemente de seu gênero, identidade, orientação sexual, etnia, origem, deficiência, ou qualquer outra característica, tem um papel crucial na construção e no fortalecimento da cultura organizacional.

Diferente do que algumas pessoas pensam, a linguagem inclusiva não necessariamente demanda uma alteração nas normas atuais da língua portuguesa.

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Na prática, a abordagem procura substituir termos e expressões que sejam considerados sexistas, discriminatórios ou exclusivos por opções neutras que reconheçam e valorizem a diversidade.

Provavelmente, muitos já se depararam com o uso de pronomes de gênero neutro, como “elu” ou “ile”, em vez dos pronomes “ele” ou “ela” quando o debate sobre linguagem surge.

Mas, para além disso, a linguagem inclusiva busca, sobretudo, evitar o uso de termos genéricos exclusivamente masculinos para se referir a um grupo misto de pessoas.

Por exemplo: adotar discursos como “todas e todos” e/ou “caros e caras”, ou até mesmo equivalentes que fujam do binarismo, como “todas as pessoas”.

Como começar a utilizar a linguagem inclusiva no ambiente corporativo

Mas, se a ideia por trás do uso da linguagem inclusiva é garantir que todas as pessoas se sintam representadas, respeitadas e incluídas, essa forma de comunicação precisa ser de uso comum. E, nesse meio, o posicionamento do líder guia o grupo.

O uso desse sistema pelos responsáveis da equipe não se trata apenas de uma demonstração de compromisso com a igualdade, diversidade e respeito, mas também contribui para a criação de ambientes de trabalho inclusivos e comunicativos, com relações mais saudáveis entre as pessoas.

Para mais, uma forma de envolver os colaboradores nessa comunicação mais inclusiva é sensibilizar o grupo em relação aos motivos que promover essas mudanças podem ser positivos ao ambiente profissional que eles estão inseridos.

Entretanto, essa sensibilização requer um esforço contínuo de conscientização e educação, e o desafio pode se intensificar a depender do quanto cada colaborador está disposto a pôr em prática.

Por isso, o primeiro passo é escutar as pessoas da organização identificando alavancas e barreiras, além de ter empatia, o que é fundamental para construir ações que façam a diferença e causem a transformação positiva necessária.

Promover espaços de diálogo e discussões abertas, realizar treinamentos e workshops, desenvolver materiais educativos, como guias e infográficos explicativos, a respeito do tema, e campanhas de comunicação que engajem são exemplos de maneiras didáticas de abordar o assunto.

Em termos de conteúdo, mostrar o que uma linguagem discriminatória pode causar, trazer exemplos concretos de como usar a linguagem inclusiva, além de estabelecer uma cultura de feedbacks sólida com envolvimento da liderança, pode facilitar a compreensão e a adoção dessa prática.

Contudo, para que essa abordagem comunicativa seja consolidada, é necessário que a organização reforce essa importância por meio de acordos claros (políticas) em relação ao uso dela, que devem ser amplamente divulgadas e trabalhadas para que todos os colaboradores e líderes estejam cientes das expectativas da organização.

A sociedade e o ambiente de trabalho exigem cada vez mais atenção e inclusão na forma de abordar os indivíduos, por isso, é importante desenvolver uma comunicação que englobe todas as pessoas dentro dos diversos universos, sobretudo no mundo corporativo.

O uso da linguagem inclusiva é um processo contínuo e que requer o comprometimento de toda a organização. Portanto, é fundamental criar uma cultura de respeito, em que essa linguagem seja valorizada e incorporada de forma natural no cotidiano da empresa.

Assista também o curso de RH Humanizado, da Escola de pessoas. É importante que os profissionais de RH saibam como promover a humanização desse setor, a partir da definição de metas compartilhadas, da preocupação com resultados, do aprendizado coletivo e da ênfase no conhecimento.

Colocar as pessoas no centro do processo gera melhores resultados e possibilita uma gestão positiva a partir do trabalho em equipe.

Por Constanza Hummel: empreendedora com mais de 20 anos de carreira na área de treinamento e desenvolvimento, fundou em 2012 a Building 8 com o propósito de apoiar empresas e profissionais a alcançarem todo o seu potencial, por meio de estratégias e experiência de aprendizagem.

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